Um mágico momento pode levar-nos do fundo do nosso ser ao esplendor das mais distantes estrelas.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Um sonho de Natal
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
30º mágico momento
Cá está! Hoje, dia 03.12.2007 chego aos meus 30 anos. A data, sem nada científico que o justifique, representa um marco assinalável na cronologia humana. "Já sou um trintão!" aqui, na assumpção pejorativa do peso da idade e do afastamento dos tempos áureos da juventude, mais significando, "estou velho". Mas eu prefiro o "Estou nos trinta!", na expectativa de que a mensagem seja mais do género: a década de ouro das nossas vidas. E é esse o pensamento profundo que tenho e que me persegue no dia-a-dia destes tempos. Aos 30, estamos num dos melhores momentos das nossas vidas, física e emocionalmente. Quando a independência atinge um máximo, face à autonomia até aqui conquistada e a filho-liberdade-limitada ainda não chegada, nos deixa ainda espaço para algumas aventuras mais. Mas os 30 são ainda uma década de ouro nas amizades. À nossa volta multiplicam-se casamentos, amigos a viver maritalmente, filhos novos, filhos já grandes, novos empregos, novos desafios, novos destinos, estórias mirabolantes de vida, encontros distantes cada vez mais valiosos! E já aquela sensação nostálgica de tantas recordações boas do passado, dos 20. Mas como a história da vida, apesar de tudo se faz com as nossas mãos, digo que é obrigação nossa construir estórias nestes 30, dignas de nota futuras para, aos 40, recordar tudo tudo, ainda com mais emoção, orgulho, para pintar de muita cor, aos filhos, todos os momentos bons da vida, todos os mágicos momentos vividos.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
No outro extremo
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
«Volunturismo»
Há uns meses atrás, quando vividamente descrevíamos a nossa viagem por África e todo o seu planeamento, não deixamos nunca de incluir uns dias de entrega no programa, de serviço voluntário para com o país que nos ia acolher, de contacto próximo com as populações e mais distante dos habituais circuitos comerciais. Fizemos porque sentíamos vontade disso, mas também porque queríamos enriquecer ainda mais a nossa experiência com a ajuda ao próximo. Era o nosso programa, pessoal e personalizado. Hoje, já não seria tão original. Um novo conceito surge e está a florescer nos circuitos habituais do turismo mundial. Este novo conceito chama-se Volunturismo! Descrubri-o surpreendentemente, este fim-de-semana, num artigo do Expresso que aqui transcrevo:
"O termo surgiu nos últimos anos entre agentes do turismo. Embora sempre tenha havido viagens de voluntariado, a novidade é esta possibilidade de associar «o útil ao agradável». O fenómeno adquiriu de tal modo expressão que a bíblia dos viajantes - o Lonely Planet - lançou em Junho um guia sobre volunturismo. Uma pesquisa rápida na Internet basta para encontrar dezenas de agências a comercializar a experiência. Esta ‘indústria’ essencialmente anglo-saxónica está enraizada nos EUA, em Inglaterra, na Nova Zelândia ou na Austrália, onde existe a tradição do «year off» - ou «gap year» (o ano passado a viajar depois de terminar o curso superior e antes de começar a trabalhar) e onde os hábitos de voluntariado são incentivados desde cedo. No Reino Unido, a «indústria do gap year» atinge um quarto dos jovens entre os 18 e os 25 anos. A consultora Mintel avaliou em 7,4 mil milhões de euros o mercado mundial do «gap year», e prevê que quadruplique até 2010. Apesar de em Portugal ainda não se falar no assunto, há já quem alerte para os aspectos negativos do volunturismo. Um dos argumentos é que este tipo de viagens serve mais quem as faz do que quem beneficia delas; outro é que é muito mais caro do que o simples voluntariado. Mas para quem tem perfil voluntarista, será algo do outro mundo pagar mais para viajar de outra maneira? Mesmo que isso inclua trabalhar? " Mais informação:
Da nossa experiência, apesar de curta, diria que foi enriquecedora para nós, sem dúvida, mas sobretudo útil e reconfortante para com os miúdos que estivemos. Mas é um conceito polémico, não é?
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Desacelerar com o Inverno
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Chamusca, Vindimas e Corpo Humano
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Um ano de vida
871 comentários
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Isso inclui idade, peso e altura.
Deixa o médico preocupar-se com eles.
É para isso que ele é pago.
Frequenta, de preferência, amigos alegres.
Os de "baixo astral" põem-te em baixo.
Continua aprendendo...
Aprende mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa.
Não deixes o teu cérebro desocupado.
Uma mente sem uso é a oficina do diabo.
E o nome do diabo é Alzheimer.
Aprecia coisas simples.
Ri sempre, muito e alto.
Ri até perder o fôlego.
Lágrimas acontecem.
Aguenta, sofre e segue em frente.
A única pessoa que te acompanha a vida toda és tu mesmo.
Mantém-te vivo, enquanto vives!
Rodeia-te daquilo de que gostas: família, animais, lembranças, música, plantas, um hobby, o que for.
O teu lar é o teu refúgio.
Aproveita a tua saúde; Se for boa, preserva-a.
Se está instável, melhora-a.
e está abaixo desse nível, pede ajuda.
Não faças viagens de remorso.
Viaja para o Shopping, para a cidade vizinha, para um país estrangeiro, mas não faças viagens ao passado.
Diz a quem amas, que realmente os amas, em todas as oportunidades.
E lembra-te sempre de que: A vida não é medida pelo número de vezes que respiraste, mas pelos momentos em que perdeste o fôlego: de tanto rir... de surpresa... de êxtase... de felicidade...
*Pablo Picasso*
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Uma aventura em...
Mais um programa descoberto à última da hora, mais uma vez fabuloso. Uma aventura em... assim se chama, desta feita em Oliveira de Azeméis. Prova deste campeonato amador de orientação organizado por voluntariosos amantes do desporto aventura. Apenas uma vez tinha experimentado Orientação e confesso que me tinha ficado a pulga atrás da orelha, não fosse o meu fascínio por mapas e natureza, ter sido atiçado. Este Sábado foi excelente e quero repetir muitas mais vezes. Começamos com orientação pedestre, 1h20, 6 CP's em 10 (Check Point) feitos. As meninas fizeram 5. Uma brilhante estreia, para ambos e para quem foi percebendo ao que ia, só já por lá. Depois e após apertado controlo dos tempos, transição apressada para o BTT, agora com o limite das 2h30. Decidimos ir ao CP mais longe. Boa opção, a melhor. Penosa, mas gratificante e apressada na descida. Chegada dentro dos tempos com 6 CP's em 14 feitos aqui. A dinâmica/estratégia da decisão durante a prova é única e merece só por si ser experimentada. Talvez este seja o início de outras novas aventuras...
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Em Celorico
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Red Bull Air Race - Porto 2007
Um nervoso miudinho se foi instalando aqui no Porto, ao longo desta semana. A expectativa da ver e ouvir máquinas voadoras a executar manobras impensáveis para o comum dos mortais, sobre as águas deste Douro, envolveu tudo e todos. Estávamos cerca de 600 mil pessoas, neste Sábado a assistir a esta prova do campeonato do mundo da F1 dos ares. O cenário é magnífico e a organização sabe-o, por isso escolheu pela primeira vez este troço de rio entre a D. Luís e a Arrábida. A vontade e promessas iniciais, onde se previa a passagem dos acrobatas debaixo do tabuleiro inferior da ponte D. Luís, acabou por ser posta de parte pelos próprios pilotos. Reflexos do sol na água e segurança comprometida, acabaram por comprometer essa visão. E o plano de segurança que envolveu toda a zona e arredores, funcionou mesmo. Cada vez mais me impressiona a logística destes grandes eventos. Fora de série! Obrigando a fechar pontes, a interromper a circulação do metro, a bloquear fluxos de pessoas, enfim, uma máquina a envolver muita, muita gente. A prova em si, no próprio dia, superou as minhas melhores expectativas. Gostei, gostei muito. O dia foi preenchido com muitas emoções. Daqui do Porto, foi único ver todos os possíveis e inimagináveis miradouros sob o Douro, de Gaia, preenchidos com uma autêntica moldura humana. Estávamos mesmo muitos. De cá, logo desde as 11h, que os espaços se tornavam cada vez mais escassos. As 13h são cumpridas com uma inquietante e cardíaca contagem decrescente com a ânsia desesperada de perceber de que céu iria aparecer o primeiro objecto voador. Para nós, por entre as árvores, um ponto cai, em queda livre, com um som sibilante debitado das colunas, suspendendo por momentos as respirações. Um avião não era, assim se confirmou apenas e só quando um pára-quedas se abre e o homem se adivinha, lá no alto. Aplausos por toda a parte para o início do show. Excelente banda sonora a imprimir muita energia à assistência. Pouco depois, lá ao fundo, atrás da ponte da Arrábida, o primeiro avião atrai muitos dedos indicadores. Aproxima-se num ápice das águas do rio e com o primeiro rasto de fumo, executa o impossível, as voltas acrobáticas na pista, mesmo ali à nossa frente. Depois vem o loop, e o regresso em sentido contrário. Retorna e repete 2ª vez o percurso. Fabuloso! Por entre as restantes passagens, não consigo deixar de pensar na força esmagadora que os pilotos sofrem, ao contrariar a inércia, no loopings, até 10 vezes g, até 10 x o peso do corpo!!! Como é possível? Como aguenta o coração tamanha violência, como continua a cérebro a funcionar? Não percebo. Tenho que ler mais sobre isto. E a circulação sanguínea, e a respiração? Decididamente incrível. A cereja em cima do bolo, a demonstração dos caças, com mais acrobacias, desta feita, soberana e sincronizadamente em grupo, mais alto nos céus. O vencedor? Nós, ao calor, ao sol e à paciência para evitar a pior das confusões. Ah, e o Steve Jones (Team Matador), claro.
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
A fórmula de Deus
«‑ O professor Siza acreditava que Deus está em tudo o que nos rodeia. Não como uma entidade acima de nós, que nos vigia e protege, conforme preconizado pela tradição judaico-cristã, mas como uma inteligência criadora, subtil e omnipresente, talvez amoral, que se encontra a cada passo, a cada olhar, a cada respiração, presente no cosmos e nos átomos, que tudo integra e a tudo dá sentido. - Estou a ver. - assentiu Tomás - E ele acreditava ser possível provar a existência de Deus? - Sim.»
in “A Fórmula de Deus”, José Rodrigues dos Santos, o meu romance deste verão.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
África novamente
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Macedónia de férias
segunda-feira, 30 de julho de 2007
Pirinéus 2007
As informações não eram muitas. Sei que vou para Torla, sei que regresso de Benasque. Estamos em plenos Pirinéus Aragoneses. Sei que haverá uma autonomia dura e sei que irei para paisagens desconhecidas minhas. Além disso, apenas conheço 4 das 18 pessoas do grupo. A expectativa é alta, pelos sucessivos testemunhos ouvidos ao longo destes anos. A organização, agora a cargo do GEMA, proporciona toda a logística necessária pelo 16º ano consecutivo, o que me deixa espaço/tempo para usufruir melhor da viagem. Saímos de Aveiro, no dia 24.07 às 6h30 da manhã, em 2 carrinhas Volkswagen, na capacidade máxima de passageiros e carga. Esta viagem de 11h é excelente para conhecer o resto do grupo. Chegamos a Torla, à hora prevista. Aldeia pituresca na base do Vale de Ordesa, que se apresenta logo acolhedora e agradável, de tão idílica e tranquila que é. Rodeada de altas montanhas, oferece-nos o porto de abrigo ideal pós-viagem de tanta estrada. No dia seguinte começa a etapa de autonomia. Mochilas e tendas às costas com tudo o necessário para só na noite do dia seguinte se ter o conforto da acessibilidade automóvel. Roupa, acessórios, comida e tenda tri-partida, pesam mais que 10 Kg. A minha mochila é das mais pesadas. A 1ª decisão está em poupar 2h de caminhada logo de início, com autocarro, ou partir desde ali do parque, em direcção a Ordesa a pé. Com um trilho à sombra de bosque e ainda com tanta frescura no corpo, a decisão é fácil. Pés no trilho, desde já, com saída cerca das 12h30. As vistas são pintadas de verde e pelo tons mais ásperos dos altos cumes que nos rodeiam. As águas cristalinas do rio Arazas impressionam e o som sempre presente das quedas de água é uma constante. Em Ordesa, encontramos a GR11, a grande rota de onde estraímos a etapa de hoje. Somos 2 sub-grupos, divididos entre os 2 guias. O dia está quente e o sol consome o protector solar com voracidade. Num vale magnífico, com umas vistas estonteantes, ainda é tempo de afinar ritmos de passada e é frequente a fuga de ovelhas tresmalhadas entre os 2 sub-grupos. Passados os "Grados de Soaso", entramos numa dimensão única. Um paraíso natural, emoldurado por escarpadas rochasas e revestido de uma garrida vegetação. O percurso desemboca na "Cola de cabalo", um dos ex-libris deste Vale de Ordesa. Reforço e descanso para a necessária conquista da encosta até ao refúgio dessa noite. Árdua subida, agravada pelo sufocante calor da tarde. Entre um sintoma de desmaio e cãimbras (não meus) e muita água sorvida, chegamos desfasadamente ao refúgio de Goriz. Com lotação esgotada nas 72 dormidas, pernoitamos em tenda, ali ao lado, como previsto. Contudo, o jantar, imaginado constantemente na subida, é negado a todos que chegam depois das 20h. Com uma frieza e arrogância inacreditáveis, valem-nos o excesso de comida e o mendigar da partilha dos restos da refeição servida pelos que vão chegando. Consigo eu ainda uma sopa knorr, uma salsicha, arroz e uma sobremesa, do que sobra. Reconponho-me da ansiedade de poder não jantar devidamente e juntamo-nos todos, providenciando comida a quem a perdeu no refúgio. Um dos velhos lobos da montanha, até vinho do porto levou e partilhou, ali ao luar daquele luminoso quarto crescente da lua, e duma paisagem misteriosamente envolta por essa ténue luminosidade. As estrelas lá estão, magnifícias, como sempre. Quinta-Feira, viria a ser o dia, destes Pirinéus. Uma etapa duríssima, de 10h para mim e de 15h para quem por último chegou ao Refúgio de Pineta. Conseguimos vislumbrar 3 vales distintos num só dia: Ordesa, Añisclo e Pineta. Sem palavras para descrever tamanha variedade de cenários. Registo sem margem de dúvidas a dificuldade da descida do "Collado de Añisclo" até ao refúgio de Pineta. Sem ver ainda os números registados, foi uma descida acentuada, sem tréguas e com uma exigência extrema ao nível das articulações e a nível muscular. Guardo a lição de que, as descidas são sempre dolorosas e de pouca fruição, por isso, quanto mais rápido, menos sofrimento se tem. Com o travão da segurança e do bom-senso, faço questão de me colar ao grupo da frente. Na descida o meu pensamento está constantemente em quem, com 61 ou 51 anos de idade, tem, atrás de mim, que fazer o mesmo. Preocupa-me o quanto lhes deve custar, se a mim me está a custar o que custa. No final do dia, entre tanto desgaste acumulado, o grupo chega muito fraccionado a Pineta. A consciência obriga ainda a pousar a mochila e voltar para trás, em auxílio de quem precisa. Fico feliz e muito satisfeito por termos chegado todos em segurança. O cansaço apoderou-se de todos e a cama, desta feita no refúgio, cobriu-nos de uma agradável sensação de descanso. O dia a seguir impunha-se relaxante. Mesmo assim, ainda preenchido por uma breve mas bonita marcha de miradouros, com uma ermita, uma nascente cársica e a conversa com um simpático casal de Córdoba. Estamos psicologicamente recompostos do cansaço de ontem e a noite reserva-nos uma abundante feijoada comunitária, amavelmente cozinhada no acampamento em Viadós. A decisão difícil é a do próximo dia. Visita às Lagoas, com 3h de viagem automóvel, 2h de caminhada ou Travessia, 6h mínimas de caminhada, 700m de subida e 1300 de descida. Com a memória muscular da última descida ainda presente. Apenas 4 dos 18 alinhamos na Travessia, com início marcado para as 6h da manhã. A alvorada custa muito e a 1ª hora é meio sonâmbula para mim. O passo é ligeiro e constante. Por um vale, ainda à sombra, desenvolve-se nova paisagem deslumbrante. Avistado o "Collado de Estós", paragem e ganho de fôlego para a subida. Temos um ritmo muito bom. Chegamos ao Collado uma hora mais cedo, o que nos eferece um dos melhores momentos de toda a semana. Após novo reforço insólito, a estas 9h da manhã, com fejoada, ganhamos direito a adormecer, perante o cenário alucinante deste novo vale. A descida começa agressiva mais uma vez, mas rapidamente muda de humor e se transforma num trilho muito confortável para os membros inferiores. Chegados ao refúgio de Estós, temos ainda muito tempo e, por isso, o repouso, ao sol, ali rodeados de montanha por todo o lado, miúdas giras, presunto e coca-cola, sabe outra vez deliciosamente bem. Descemos mais e perto de Benasque, juntamo-nos ao restante grupo. Viagem até novo parque de campismo, propositadamente escolhido com piscina. O banho estival neste espaço sabe muito bem e depois disso... "El Humo del Muro". Um daqueles restaurantes que justifica uma viagem. Além das entradas habituais, uns caracóis deliciosos e uma 1/2 costoleta corpulenta, que dois dedos não medem altura, e "Orujo" para terminar, são a cereja em cima do bolo, deste programa. No regresso, um inesperado mágico momento nos espera. O som fantástico de ... dançados loucamente, ali no descampado plano daquele incógnito sítio ermo, no caminho da viagem de regresso ao acampamento, transportam-nos para uma dimensão que não a nossa!
segunda-feira, 23 de julho de 2007
Porto Bike Tour 2007
segunda-feira, 16 de julho de 2007
Bobadela de Chaves
Este foi mais um daqueles fins-de-semana. Dos que estão planeados há muito. Fomos para Bobadela, a cerca de 15Km de Chaves ali em Trás-os-Montes já quase quase no Parque Natural de Montesinho. A aldeia terá cerca de 100 habitantes, a maior parte, muito envelhecidos, mas respira-se lá aquele ar! E o sítio é tão remoto que nem os telemóveis reconhecem o território como seu, quase não há rede, dificilmente se fala, há que procurar um canto cá fora, onde se consiga estabelecer o canal de comunicação. Conclusão, nem os toques polifónicos dos telemóveis se sobrepõe aos cantos dos pássaros nem aos zurros dos burros que por ali passam. O dia começa pelo mercado de Matosinhos. Umas frescas sardinhas, da lota para a grelha. A viagem pela nova auto-estrata para Chaves é hiper-panorâmica. Tão perto de casa e tão desconhecida. É muito cénica, a lembrar algumas das melhores paisagens da Europa. Já na Bobadela, as brasas estão prontas a receber o pescado. Grande almoço, farto, bem regado e muito animado por todo este grupo de 10 pessoas. Fantástico! São 16h e ainda estamos com os maxilares a trabalhar. A burra do Sr. Lindo, passa em frente a casa e torna-se rapidamente objecto de companhia em dezenas de fotogramas. Momento da voltinha do café, logo ali perto, no café do Sr. Nuno. As conversas soltas com as gentes da aldeia, tão genuínas, alegres e simpáticas fazem a tarde passar ao sabor das nuvens. Agora com a desculpa de banhos, viagem de carro até à longínqua praia fluvial. A viagem dura insistentemente. Chegamos já com poucos minutos de sol, antes da sombra daquele monte. Mas o tempo dá muito bem para um farto lanche. Regresso, com paragem e abanões na "pedra bolideira "(enorme penedo). Jantar bem regado e programa de noite, justificado pelas cartas do "Buraco". Antes disso, nova ida ao café da aldeia e um céu estrelado polvilhado de milhões de estrelas, da claríssima Via Láctea e claro estrelas cadentes. Imaginação à solta, tentando desenhar constelações na união dos pontos e o fascínio deste mundo mesmo ali por cima. Já tinha saudades destas estrelas! Domingo, manhã preguiçosa mas coordenada na alvorada. O homem do pão bate às portas dos quartos, a algazarra instala-se e os bocejos vão aparecendo no corredor. Parece que há quórum para a vontade de uma caminhada. A custo e na dúvida de chuva, saímos em direcção ao castelo de Monforte, a 4 Km dali, por volta das 11h. O percurso é? Fabuloso, claro. O céu tapado poupa-nos o escaldão e o suor. Contudo, a +/- 500m da chegada a chuva cai finalmente. Não molha, mas aborrece. E agora? Não vai parar. Meia-hora depois cai ainda com mais vontade. Bom... Plano B: boleia! Interrompido um churrasco de família que ali está também, conseguimos a boa-vontade do Sr. Eduardo, para nos levar, 2 condutores a casa. São 30 min ir e vir. Recompensamos o favor com duas de vinho verde, bem recebidas. Regresso de carro, sempre debaixo de chuva. Sem estar frio, as roupas semi-húmidas causam arrepios. Justifica-se a medida e em pleno Julho, acendemos a lareira da casa, para as fêvras claro, mas já agora aquece e não sabe mal. A comida é muita e o almoço arrasta-se. São novamente 4 da tarde e ainda estamos à mesa. Dinâmica de grupo a funcionar e deixamos Bobadela já perto das 19h, com direito a paragem ainda em Vidago para abastecimento de água lá para casa. Para além destas memórias fica a vontade de, em breve, repetir esta região!
segunda-feira, 9 de julho de 2007
As férias
segunda-feira, 2 de julho de 2007
Finalmente... Na Berlenga
Fim-de-semana dedicado à região centro. Estivemos outra vez, quase, quase para desistir, por razões meteorológicas, mas mais uma vez, aí está, valeu a pena ir. Começamos por Leiria, com os amigos e programa adequado à dinâmica de grupo. No Sábado a intenção estava direccionada para a ilha da Berlenga. Com a logística das deslocações e reservas de embarcação asseguradas, chegamos a Peniche com o céu cinzento, não muito animador, mas contudo, de esperança. Por cima do manto de nuvens imaginávamos já o sol radioso que nos ia chegar cá abaixo. No barco, os homens do mar garantem-nos que o dia vai ser de sol. Compramos na farmácia seguro anti-enjôo para a viajem, sob a forma de comprimido. Eu tomo-o, sem reserva meia-hora antes da dita, assim me diz a experiência e os relatos, de tanta gente onde o estômago aqui se revoltou, de conturbadas voltas que o mar lhes deu. Chegados ao cais, parece que sim, vamos agora à Berlenga (havia já uma outra vez tentado, sem sucesso). “O mar costuma estar sempre assim agitado?” – pergunto eu ao capitão do barco, como desbloqueador de conversa. “O quê? Agitado? Hoje? Isto hoje está é um mar de senhoras.” – Responde-me o homem, todo bem disposto. “Havia era de ter vindo na 2ª, onde as ondas até por cima do barco passavam!”. E assim a conversa se desenrola, com a ilha da Berlenga a aproximar-se lentamente de nós. "Então e o barco vai sozinho, não vai ninguém aí ao leme?" - provoco eu o homem; "Vai pois!" - O homem, à porta da cabine, virado cá para fora, mas com um braço esticado lá para dentro - "Eu aqui com um dedo controlo isto tudo!" - e para demonstrar vira o leme que nos desvia do prumo da Berlenga. (sim, sim, nem tudo foram ondas). A aproximação da muralha de terra da ilha acalma as águas e assim chegamos ao porto dos pescadores. As gaivotas são às centenas. O medo dos bombardeamentos é falado. Mas aqui não há estratégia possível, não há árvores, não há abrigos. Só a sorte nos livra dessa soberania aérea de quem defeca de cima para baixo. O sol aí está. O calor também. Caminhamos calmamemente em direcção ao Forte de S. João Baptista, onde almoçamos sobre um sol abrasador. A volta pelo escadario íngreme não apetece a ninguém. Numa tentativa frustada de negociação de preço, regressamos ao porto inicial, onde também está a única praia de areia que vimos, por 3€ cada um, com direito a visita pelas grutas ali ao lado. Da gruta do sono à greta da Inês, terminamos na praia tórrida com água gélida. Tarde preguiçosa, terminada no único bar local, em grande. Regresso já com novo manto de nuvens a Peniche e Leiria. A noite de Leiria é vívida e o Grémio Literário, já nosso conhecido, dá-nos o nosso espaço. Domingo era caminhada. A dureza do dia anterior (afinal viemos para relaxar), transformam o propósito da saída matinal, numa visita ao Mosteiro da Batalha e... uns 20 min de treinos de karting. Só 2 de nós, os homens, a experimentar aquela pista, com todas as voltas cronometradas e com total controlo das máquinas. O resto do programa esteve em Ourém. Um rodízio de pizzas delicioso, uma verdadeira e agradável surpresa, após aqueles tantos Kms de estrada nacional, na pizzaria "Va Benne". Merecedor da deslocação, já que pelo que dizem, estiveram 1 ano e meio à espera do cozinheiro. A Napolitana, a 3 queijos, a de bacalhau, a... eram óptimas. Para terminar com a cereja em cima do bolo, sob a forma do seu néctar, brinde com uma (duas) Ginjinha no Castelo de Ourém, que assim deu por terminada a pintura de mais um quadro de fim-de-semana.
segunda-feira, 25 de junho de 2007
S. João 2007
Por que não repetir aquilo que é bom? O S. João este ano voltou a ser nas Fontaínhas, coração bairrista do centro do Porto, por entre densas nuvens de fumo dos assadores das sardinhas assadas. Com um respeitável grupo de amigos a roçar as quase duas dezenas de pessoas, os momentos foram muitos e variados ao longo da noite. Muita vida, muita alegria, muitos martelos e marteladas, muito alho pôrro a entrar pelas narinas adentro, muita gente, um céu com mais estrelas do que o habitual, conseguido com muitos e frágeis balões de S. João e claro, copos e bailarico. Mas mais fantástico ainda foi o feito da noite. A travessia total desde a Ribeira até à Foz, do tradicional percurso do S. João do Porto, terminado convenientemente, não na praia de Matosinhos, como dita a mesma tradição, mas nos convenientes aposentos nossos, logo ali ao lado, já perto das 7h da manhã!! Devem ter sido cerca de 15Km, percorridos a pé, ao longo da noite, de bailarico em bailarico, de WC em WC, sempre sempre com centenas de pessoas na mesma torrente. Esta é sem dúvida uma festa do povo, para ser vivida ali, na rua, com o povo, e isso faz deste S. João do Porto, um dos eventos anuais que mais gosto de não perder, sentindo a alma genuína e a alegria das gentes de toda esta mágica região!
segunda-feira, 18 de junho de 2007
A força da grelha de partida
Grande lição a de ontem, na 8ª edição da Corrida "Festas da Cidade do Porto". A vontade e teimosia nossas para fazer os 15Km da corrida, eram muitas, mas as previsões insistentes de mau tempo, estavam a tornar o desistir uma tentação permanente mesmo antes da partida. A verdade é que fomos, corremos e chegamos todos os 6 (+1 mini-caminhada) à linha da meta! Heróis por um dia, ou simplesmente obstinados e teimosos o suficiente para fazer este grande favor à nossa condição física e saúde? De tudo um pouco. Contudo, o que mais destaco não é a corrida em si, é antes a decisão de ir (correr). A chuva caiu violentamente durante todo o Sábado. As previsões de Domingo eram semelhantes. À hora de acordar, chove e sopra o vento com uma garra de inverno. Quem vai correr assim? Eu não, pensava eu. Para infelicidade minha, estava mesmo tentado a abraçar o "vou desistir" . No entanto, à hora marcada, lá estamos todos, como combinado, a decidir o que fazer. Há impermeáveis. Há vontade. "Se chover, pelo menos não vamos enganados!". Ponderação não muito demorada... Pronto, que seja, vamos lá. Saímos de casa, com um vento fortíssimo. E a verdade é que este vento limpa totalmente do céu todas as nuvens, desde esse momento até ao final da corrida. Não caiu nem uma gota! Lição de moral: quantas vezes se desiste, mesmo antes de começar? Grande exemplo, de que, para se conseguir, por vezes, só é mesmo preciso ir!
terça-feira, 12 de junho de 2007
GR22 - Foto-momentos
Legenda:
1. Descida rápida de Castelo Melhor para o Côa, 2007.06.07
2. Visita guiada às Gravuras do núcleo de Castelo Melhor, 2007.06.07
3. Quinta da Ervamoira - Ramos Pinto, 2007.06.07
4. Vista do Castelo de Marialva, 2007.06.08
5. GR22, troço Marialva - Castelo Rodrigo, 2007.06.08
6. GR22, sinalética - mudança de direcção para a direita, 2007.06.08