segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Um ano de vida


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"A vida é feita de objectivos.", estas foram as palavras inaugurais deste espaço há precisamente um ano atrás, no dia 21.09.2006. O projecto "magico momento" nasceu com uma vontade minha de registar preparativos de uma viagem de sonho. O projecto cresceu e, evitando ser diário, tornou-se entretanto num registo de vida. Numa altura cada vez mais fugaz, onde a memória humana não guarda tanto como gostaria, este ciber-espaço e a disciplina dos textos semanais criaram um retrato de emoções dos bons momentos deste ano que passou. Meus e vossos. Estou muito satisfeito. Olho para trás e vejo que a vida teve vida. Não parei, não paramos. O relato de cada estória, ainda na frescura da emoção vivida é uma preciosidade que não me tinha apercebido antes, e que agora saboreio com deleite. É bom olhar para trás, traz saudade, mas mais que tudo traz satisfação e alegria por ter toda esta colecção de momentos magicos partilhada convosco! Assinalando o feito e partindo para uma nova vida, reformulo o aspecto e altero a dinâmica do espaço (a partir de hoje com actualizações quinzenais). Para assinalar o aniversário, publico ainda estes pensamentos de Picasso, que subscrevo quase na íntegra. Parabéns magico momento! Obrigado a todos pela partilha deste prazer da partilha.


*Receita de Jovialidade de Pablo Picasso*

Deita fora todos os números não essenciais à tua sobrevivência.
Isso inclui idade, peso e altura.
Deixa o médico preocupar-se com eles.
É para isso que ele é pago.
Frequenta, de preferência, amigos alegres.
Os de "baixo astral" põem-te em baixo.
Continua aprendendo...
Aprende mais sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa.
Não deixes o teu cérebro desocupado.
Uma mente sem uso é a oficina do diabo.
E o nome do diabo é Alzheimer.
Aprecia coisas simples.
Ri sempre, muito e alto.
Ri até perder o fôlego.
Lágrimas acontecem.
Aguenta, sofre e segue em frente.
A única pessoa que te acompanha a vida toda és tu mesmo.
Mantém-te vivo, enquanto vives!
Rodeia-te daquilo de que gostas: família, animais, lembranças, música, plantas, um hobby, o que for.
O teu lar é o teu refúgio.
Aproveita a tua saúde; Se for boa, preserva-a.
Se está instável, melhora-a.
e está abaixo desse nível, pede ajuda.
Não faças viagens de remorso.
Viaja para o Shopping, para a cidade vizinha, para um país estrangeiro, mas não faças viagens ao passado.
Diz a quem amas, que realmente os amas, em todas as oportunidades.
E lembra-te sempre de que: A vida não é medida pelo número de vezes que respiraste, mas pelos momentos em que perdeste o fôlego: de tanto rir... de surpresa... de êxtase... de felicidade...

*Pablo Picasso*




terça-feira, 18 de setembro de 2007

Uma aventura em...


Mais um programa descoberto à última da hora, mais uma vez fabuloso. Uma aventura em... assim se chama, desta feita em Oliveira de Azeméis. Prova deste campeonato amador de orientação organizado por voluntariosos amantes do desporto aventura. Apenas uma vez tinha experimentado Orientação e confesso que me tinha ficado a pulga atrás da orelha, não fosse o meu fascínio por mapas e natureza, ter sido atiçado. Este Sábado foi excelente e quero repetir muitas mais vezes. Começamos com orientação pedestre, 1h20, 6 CP's em 10 (Check Point) feitos. As meninas fizeram 5. Uma brilhante estreia, para ambos e para quem foi percebendo ao que ia, só já por lá. Depois e após apertado controlo dos tempos, transição apressada para o BTT, agora com o limite das 2h30. Decidimos ir ao CP mais longe. Boa opção, a melhor. Penosa, mas gratificante e apressada na descida. Chegada dentro dos tempos com 6 CP's em 14 feitos aqui. A dinâmica/estratégia da decisão durante a prova é única e merece só por si ser experimentada. Talvez este seja o início de outras novas aventuras...

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Em Celorico

Um fim-de-semana repleto de acção, por terras de Basto, com um tempo bom para tudo o planeado. Com amigos e família, numa mistura diferente do habitual, divertida, preenchida e saciada. Praia fluvial em pleno Parque do Alvão, panorâmica do alto do monte farinha, farto jantar bem bebido, Castelo de Arnoia, Praia do Vau e passeio preguiçoso pela zona verde da vila, entre outros, preencheram os momentos destes dois dias.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Red Bull Air Race - Porto 2007


Um nervoso miudinho se foi instalando aqui no Porto, ao longo desta semana. A expectativa da ver e ouvir máquinas voadoras a executar manobras impensáveis para o comum dos mortais, sobre as águas deste Douro, envolveu tudo e todos. Estávamos cerca de 600 mil pessoas, neste Sábado a assistir a esta prova do campeonato do mundo da F1 dos ares. O cenário é magnífico e a organização sabe-o, por isso escolheu pela primeira vez este troço de rio entre a D. Luís e a Arrábida. A vontade e promessas iniciais, onde se previa a passagem dos acrobatas debaixo do tabuleiro inferior da ponte D. Luís, acabou por ser posta de parte pelos próprios pilotos. Reflexos do sol na água e segurança comprometida, acabaram por comprometer essa visão. E o plano de segurança que envolveu toda a zona e arredores, funcionou mesmo. Cada vez mais me impressiona a logística destes grandes eventos. Fora de série! Obrigando a fechar pontes, a interromper a circulação do metro, a bloquear fluxos de pessoas, enfim, uma máquina a envolver muita, muita gente. A prova em si, no próprio dia, superou as minhas melhores expectativas. Gostei, gostei muito. O dia foi preenchido com muitas emoções. Daqui do Porto, foi único ver todos os possíveis e inimagináveis miradouros sob o Douro, de Gaia, preenchidos com uma autêntica moldura humana. Estávamos mesmo muitos. De cá, logo desde as 11h, que os espaços se tornavam cada vez mais escassos. As 13h são cumpridas com uma inquietante e cardíaca contagem decrescente com a ânsia desesperada de perceber de que céu iria aparecer o primeiro objecto voador. Para nós, por entre as árvores, um ponto cai, em queda livre, com um som sibilante debitado das colunas, suspendendo por momentos as respirações. Um avião não era, assim se confirmou apenas e só quando um pára-quedas se abre e o homem se adivinha, lá no alto. Aplausos por toda a parte para o início do show. Excelente banda sonora a imprimir muita energia à assistência. Pouco depois, lá ao fundo, atrás da ponte da Arrábida, o primeiro avião atrai muitos dedos indicadores. Aproxima-se num ápice das águas do rio e com o primeiro rasto de fumo, executa o impossível, as voltas acrobáticas na pista, mesmo ali à nossa frente. Depois vem o loop, e o regresso em sentido contrário. Retorna e repete 2ª vez o percurso. Fabuloso! Por entre as restantes passagens, não consigo deixar de pensar na força esmagadora que os pilotos sofrem, ao contrariar a inércia, no loopings, até 10 vezes g, até 10 x o peso do corpo!!! Como é possível? Como aguenta o coração tamanha violência, como continua a cérebro a funcionar? Não percebo. Tenho que ler mais sobre isto. E a circulação sanguínea, e a respiração? Decididamente incrível. A cereja em cima do bolo, a demonstração dos caças, com mais acrobacias, desta feita, soberana e sincronizadamente em grupo, mais alto nos céus. O vencedor? Nós, ao calor, ao sol e à paciência para evitar a pior das confusões. Ah, e o Steve Jones (Team Matador), claro.