segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Consulta do Viajante

21/11/2006 - 16h
Hospital de S. João - Serviço de Doenças Infecciosas.
À primeira vista o espaço assusta, mas é também aqui que temos acesso à "Consulta do Viajante", consulta esta recomendada, mas não obrigatória para destinos exóticos como o Quénia/Tanzânia. Embora as regras digam que a "Consulta do Viajante" deva ser feita a apenas 2 meses antes da dita, optamos por antecipar e confirmar desde já a actualização do nosso boletim clínico.


Foi mais um passo na preparação da viagem. Para aquilo que queremos fazer, ficamos a saber que vamos ter de tomar vacinas para: Hepatite A, Hepatite B, Febre Amarela e Malária. Levamos ainda no bolso kit de emergência para diarreias com e sem febre e comprimidos para aliviar os efeitos da altitude (em inglês: DIAMOX).

Esta consulta, além da profilaxia das vacinas reveste-se de um forte dose de aconselhamento e, como tal, o papel do/a médico/a é um tanto ou quanto alarmista, o que nos deixa um tanto ou quanto apreensivos face aos perigos que potencialmente iremos estar expostos. Apesar disso, gostei dos 30 min lá passados, por partilhar e ouvir desejos e receios. Outra boa surpresa foram os conselhos para altitude. A Dra Cândida e a Dra Sofia (estagiária) foram excelentes no aconselhamento também a este nível.

Consultas
Hospital S. João, Porto (serviço de doenças infecciosas)
tel.: 225 512 100/200

Vacinas
Centro de Saúde de Guindais - Porto
tel.: 222 002 540
asbatalha@srsporto.min-saude.pt

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Princípios do Treino

Os princípios fundamentais do treino ou "leis" do treino são um conjunto de pressupostos, comprovados cientificamente, em que se baseiam os meios e métodos de treino que actualmente se desenvolvem. O essencial é o seguinte:

Princípio da Continuidade - para melhoria da capacidade física, é necessário que os estímulos fornecidos ao organismo através do treino aconteçam regular e repetidamente, com periodicidade determinada pela adaptação pretendida. A obrigatoriedade da continuidade do processo de treino deve-se a um processo denominado "super-compensação", que consiste no aumento de uma determinada capacidade (em relação ao nível anterior ao estímulo), após um período de recuperação. Se não houver continuidade e deixarmos o fenómeno de super-compensação regredir, perdemos os benefícios do treino anterior.

Princípio da Progressão ou Sobrecarga - nesta fase "super-compensatória" deve então aproveitar-se para a aplicação de um novo estímulo que pode (e normalmente deve...) ser mais intenso. A super-compensação permite assim que a "carga de treino" aumente progressivamente e, com ela, a capacidade física. Se se mantiver inalterada a carga de treino, chegamos a um ponto em que o esforço que realizamos já não é suficiente para provocar novas adaptações (porque o nosso organismo já se adaptou a ele) e deixamos de evoluir.

Princípio da Reversibilidade - o treino provoca adaptações, mas estas não se mantém no tempo após a interrupção do processo. Podemos dizer que as alterações a nível local (celular e tecidual) demoram algumas semanas a acontecer e também não se mantêm por mais do que algumas semanas. As adaptações "centrais" (a nível cardíaco, pulmonar, etc.) demoram mais tempo a formar (um ou mais meses) e também permanecem durante mais tempo após a interrupção do treino. A reversão destas adaptações ao esforço, tal como o seu aparecimento, acontece de forma gradual.

Princípio da Individualização - o processo de treino, tal como qualquer processo de adaptação, é um processo muito individualizado. O motivo destas diferenças prende-se com factores genéticos e/ou biológicos e com as vivências anteriores de cada indivíduo.

Princípio da Especificidade - O treino de uma determinada qualidade física não acarreta obrigatoriamente melhorias nas restantes. Isto acontece devido aos diferentes processos bioquímicos envolvidos. Para além disto, o treino efectuado com um tipo de exercício (corrida) não implica melhorias equivalentes em outros exercícios (ciclismo ou natação), mesmo que se trabalhem as mesmas qualidades físicas. Neste caso, as diferenças ficam a dever-se essencialmente à especificidade do movimento, que recruta diferentes grupos musculares e em proporções também diferentes, de exercício para exercício.

in Adesnivel - "Treino e Montanha"

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Porto - Nairobi - Porto


Está confirmada a viagem!

Partida: 20/02/2007, dia de Carnaval.
Regresso: 11/03/2007.

Para lá vamos com a KLM, via Amesterdão; para cá regressamos com a AirFrance via Paris, tudo com início/fim no aeroporto Sá Carneiro, à distância de um Metro lá de casa!

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Sisha Pangma

Bruno Carvalho,
fazia parte da equipa do João Garcia, naquela que foi a primeira expedição inteiramente portuguesa a uma montanha com mais de 8000m de altitude: o Sisha Pangma com 8013m (o mais baixo dos 8 mil). Da equipa, apenas o Bruno, o João, o Rui e um Sherpa chegaram lá acima. Mas o Bruno não desceu mais, ficou na montanha!

O risco é imenso e bem conhecido. No caso do Sisha Pangma, o risco de morte é 9,45% sendo até mais alto que o do Everest (9,30%). Percebo bem o porquê deste risco imenso, que põe o homem no seu devido lugar, face à força da natureza. Faça-se o justo tributo ao Bruno e recorde-se a emoção vivida pela expedição.