segunda-feira, 17 de março de 2008

CV desportivo para não atletas

É certo que o currículo está habitualmente associado à nossa actividade profissional. Usamos alimentar este documento com as valências profissionais que nos permitem demonstrar o quão profissionais somos e o tamanho da sapiência e proficiência nesta ou naquela área. São como que as penas de um pavão, a demonstrar profissionalmente aos outros o quanto se vale e galanteando as nossas melhores aptidões, socio-profissionais. Mas e se... fizéssemos este exercício não para o outros, mas para nós. Não para nos mostrarmos mas para revermos aquilo que somos e aquilo que temos feito por nós. A sugestão é elaborar, de uma forma cronológica e tão fiel e detalhadamente quanto a mente nos permitir, o Curriculum Desportivo pessoal. Não só o de provas e competições, mas de toda e qualquer actividade física, que tenha sido um desafio e digna de registo. Para quem participa em provas oficiais, com controlo de tempos, a tarefa é mais facilitada. Mas uma simples linha a lembrar aquela caminhada, um outro passeio de fim-de-semana ou a visita turística voraz e destemida a uma qualquer cidade, devem ser registados. Nesse registo o meu CV desportivo, a partir da 1ª Mini-maratona de lisboa, algures em 2003, terá este formato:

01. Mini - Maratona de Lisboa (8Km)
02. Meia-Maratona de Lisboa (21,097 Km)
03. Expedição ao Kilimanjaro (6 dias)
04. 8ª EDP - Corrida Festas da Cidade do Porto (15 Km)

05. Trekking de Verão - Pirinéus (3 dias)
06. Marcha ao S. Bentinho - Gerês (60 Km)
07. Mini - Maratona SPORTZONE
08. Meia-Maratona EDP - Porto (21,097 Km)
09. Corridas de Aventura – Alto Tâmega e Barroso
10. II Ori-BTT Cidade da Trofa
11. 14ª Corrida S. Silvestre do Porto (10 Km)
12. Caminhos do Alvão 2008, Ori-Pedestre
13. Marcos de Orientação Moimenta da Beira, Ori-Pedestre
14. Sportzone - Corrida Dia do Pai (10 Km)

Completo ou não, é bom é relembrar desafios, momentos e conquistas passados. Numa época em que o sedentarismo nos bate à porta e que os problemas de saúde são cada vez mais precoces, vale a pena a preocupação da valorização deste CV. O nosso coração agradece!



segunda-feira, 3 de março de 2008

O silêncio

O silêncio nem sempre é sinónimo de ausência. No contexto da comunicação oral chega mesmo a ser uma ferramenta poderosíssima de um discurso eficaz. Mas nos dias de hoje, no contexto do ciber-espaço, muitas vezes o silêncio representa falta de vitalidade do espaço, dos autores, ou do assunto. Não é aqui o caso. Este silêncio meu tem muito sumo. Muito se passou entretanto, sem registo feito contudo. Obviamente que face ao que aqui estava, entretanto voltamos da viagem fantástica ao centro da França. Foi excepcional a todos os níveis, inclusive físico. Apesar do desgaste do ski e da caminhada, os fartos repastos trouxeram-me em cima, mais 1,5Kg! Muito boa a gastronomia francesa. Honras sejam feitas aos apreciadores da boa comida. Mas para fechar a viagem, partilho este registo.


Imagem terna esta, a deste labrador. Será que tiraria esta foto em Portugal? É que a senhora não é a dona. É a enfermeira da clínica canina de Pont-du-Chateaux, a passear o cachorro internado, segurando pacientemente no soro, que lhe entra pela pata dianteira, obrigando gentilmente o fiel companheiro a andar, "para melhor recuperação". Alguém dizia que a evolução de um povo se via pela forma como tratavam os animais. Aqui fica esta particularidade dos nossos vizinhos gauleses. E nós, de regresso à pátria mãe, muita actividade temos tido nestes tempos livres. Ao ponto dos tempos livres, já quase não o serem. Para terminar, quero apenas deixar mais este momento. Mesmo com 30 anos, é sempre boa altura para aprender a andar... de patins! Lição número 0, ainda em feveiro passado, aqui na marginal de matosinhos.