sexta-feira, 29 de maio de 2015

Cães e gatos

Domésticos são estes seres transformados pelo Homem e lapidados pelo tempo, no caráter e fisionomia. Cães e gatos. Eternos companheiros de afetos. Permanentes na companhia e fidelidade. O cão, manipulado pelo Homem há mais de quinze mil anos, ostenta hoje mais de quatrocentas raças distintas, que permitem oscilar entre os três quilos de um Chihuahua e os oitenta e sete de um Mastiff Alemão. O gato, felino na génese, responde melhor às contingências dos humanos. É mais pequeno, mais portátil, mais próximo dos hábitos higiénicos nossos, em casa, a partir da linha onde se tira os sapatos. Não percebo nada de raças, não vislumbro a pureza de um pedigree. Nem de cães nem de gatos. Tenho um carinho maior por cães. Sinto-os mais possantes, territoriais, cúmplices ou droláticos. Lemo-nos mutuamente no respeito, na rebeldia, no júbilo. Nas raças com que privei, elevo a Serra da Estrela ao pódio. Cão pastor, raça autóctone Portuguesa, senhor de si, responsável, terno para os de dentro, rude e hostil para os de fora. Pelo muito pelo. Olhar de gato das botas. Patarronas de um peluche XXL. Focinho farto.  Unânime será o Labrador. Retriver ou não, não sei. Preto, branco ou castanho, este canino personifica no imaginário coletivo uma simpatia generalizada. Emana um caráter vigoroso contagiante. Não tem inimigos. Para os miúdos, um cão pode ser um potente acelerador de crescimento. Por enquanto o dos outros serve. O Sebastião, abaixo, dos avós, é a referência. Sem cães nem gatos hoje fomos ao Senhor de Matosinhos. Os cinco. Quebra rotina excitante para os três. Quebra cabeças para os pais, para encerrar o dia.





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