quinta-feira, 22 de março de 2007

E agora?

Que é que se segue? Já fomos ao Kilimanjaro. It's done. Qual é agora o próximo desafio? Confesso que esta viagem mexeu mesmo connosco. Tenho/Temos o cérebro cheio de pontos de interrogação. Talvez seja ainda, a dor do regresso à lufa-lufa do costume, mas o que é certo é que depois de tanta acção, custa pensar numa vida rotineira outra vez. Desculpem a ambição exacerbada, mas se há coisa que me incomoda é mesmo a rotina. O acordar e saber que tudo será igual a ontem iriça-me o pelo dos braços. É que a viver assim podemos ter, é verdade. E se há coisa que nos caracteriza (ocidentais/europeus) é o ter. Ter um ordenado, ter um emprego, ter um carro, ter um chefe, ter stress, ter um ipod... Ter! Mas depois daquilo que vimos, ficamos com o feeling que mais importante do que ter é VIVER! É preciso viver. Estar com as pessoas. Partilhar alegrias e coleccionar mágicos momentos sem fim. Talvez esta seja o maior desafio das nossas vidas, para nosso bem e de todos os que nos rodeiam. Onde estão esses mágicos momentos? Mais uma pergunta. O novo mote para o desenvolvimento deste espaço.

34 comentários:

PV disse...

Coincidência ou não, escrevo isto 6 meses depois da ciração deste blog. Será um ciclo? (mais uma pergunta). Gostei de reler a esta distância esse primeiro post "Em preparação" de 22.09.2006 e ainda o "Ser descontente é Ser Homem" de 11.12.2006, enfim... inquitações!

pedragrega disse...

Ao ler isto fiquei com as lágrimas nos olhos! E não é de emoção e de alegria! É a tristeza de mais uma vez pensar que nao VIVO, sobrevivo. Sobrevivo ao stress do trabalho, do trânsito, das contas para pagar, do baixo ordenado, dos bens caros, do aumento da euribor.... enfim... que trizteza! Será que foi para isso que nasci? É para isso que estou neste mundo? Não terei eu uma missão mais nobre do que apenas viver cubicamente para a satisfação material? E a satisfação emocional? Aquele chegar ao final do dia satisfeito porque se fez algo de realmente bom, não para mim mas também para os outros. Quando andamos a correr de casa para o trabalho, do trabalho para casa, etc, passando por uns cinemas e jantares de amigos, o que se fez de bom? Nada! Nem aos outros e muito menos a nós próprios, parece-me!

Ju disse...

volto a transcrever o comentário da minha amiga aqui do work, dizia ela sobre voces "estas viagens parece que dão mais sentido à vida...o que é que nós estamos aqui a fazer? (...) quando acordo não me conformo com o que tenho andado a fazer mas continuo a fazer da mesma forma....que porra..." E agora, o que é que nós estamos aqui a fazer? Infeliz ou não, não consigo evitar sentir isto todos os dias. E não fui ao Quénia...

Anónimo disse...

Pois é Joana....e não fomos ao Quénia...
Não é que eu acorde diariamente e pense nisso (possivelmente sinto alguma felicidade interior para não me bater assim logo de manhã), mas talvez lá para o fim do dia...me apateça ter algum sitio mágico para onde ir (ou para onde fugir). Mas pq andamos nós insatisfeitos? Será apenas pela falta de realização e satisfação laboral? salarios abaixo do de canalizador? por estarmos longe uns dos outros, e por serem esporádicos os encontros? Ou queremos mesmo deixar tudo para trás? Eu não...quero partir e voltar, partir e voltar, para viver o que vivo e muito mais...porque eu aqui tb sou feliz.

Anónimo disse...

O Homem é realmente um ser insatisfeito. Passámos milhares de anos a inventar maneiras de não termos de trabalhar ao sol e à chuva e de podermos comunicar cada vez mais rápido. Agora, que trabalhamos sentados numa secretária com computador ligado à net, queixamo-nos. Onde é que errámos? Não é preciso ir a África para sentir o poder da Natureza e/ou fazer voluntariado, mas é preciso vontade de tirar o rabo da cadeira. E para ir a África é preciso mais dinheiro. Bjs Mónica

silver disse...

eh tudo uma questao de ponto de vista...ha quem se sinta realizado por viajar pelo mundo, ha quem se sinta realizado por kasar e ter filhos, ha quem se sinta realizado por tar a trabalhar no que gosta, ha quem se sinta realizado qd eh presidente da kamara...as viagens nao sao motivo nem obrigaçao para nos sentirmos realizados, kada um eh komo eh!

devemos eh fazer os possiveis pa vivermos a vida ah nossa maneira...kada um que se esforce pa mudar a sua vida e nao esteja sempre a refilar...mas obivamente que o dinheiro vem do trabalho, temos de trabalhar mas como se kostuma dizer "kem estah mal q se mude (ou tente)"...se kerem viajar viagem meus amores, ng vos impede mas ao fim do mes o money tem de vir de algum lado...eh o sistema e feliz akele que tem e leva a vida que escolheu (ou que recebeu uma grande herança e passa a vida a coçá-los e no sofah ahah)!!

Liliana disse...

Bom, ignorando um pouco as lamentações (não que eu não me identifique com elas, muito pelo contrário, mas neste momento, só agora, que estou com um grande sorriso nos lábios, feliz pelas pequenas coisas que tenho e que sou e que cheiro, vejo e ouço, vou ignorá-las!) e respondendo ao título deste post, sugiro-vos a América do Sul, mais especificamente a Patagónia.
Tive um bocadinho de mais sorte do que vocês, no que diz respeito ao período em que estive fora (3 semanas) e adorámos! Simplesmente adorámos...é daquelas viagens que nunca mais se esquecem e que não nos deixam indiferentes... Bom, bom, era mesmo uma viagem à volta do mundo, fica lançada aideia para o ar, quem agarra?

Nós que andamos doidos, temos agendada Nova Zelândia para 2008 e depois disso se nos quiserem ver é ir mesmo lá a casa, porque o dinheiro só vai restar mesmo para o pão e água. Mai nada!! ;)

João Vasconcelos disse...

É com especial satisfação que deixo o meu comentário neste post. Afinal ele é o cerne de toda esta temática: a magia de um momento... REAL.

Para se sair do cubo julgo não ser necessário o entendimento de arte contemporânea, se é que me faço entender.
É um acto e basta fazê-lo. É incomodativo, arriscado, imprevisível.. E por isso todos o desejam, mas a maior parte não o faz.
Eu mesmo gostava de saber onde está a minha aresta, descobrir o meu vértice e sentir-me desiquilibrado.
E se pensarmos que um cubo "só" tem 12 arestas, lembremo-nos que temos uma infinitude de pontos nas suas faces para o abordar.

É preciso é ter vontade, nas mais singelas atitudes quotidianas. Um cientista ir a um museu de arte moderna, um antropólogo conhecer que os processadores Dual Core 2 Duo "é que está a dar", um céptico participar numa cerimónia religiosa.
E para isso não é necessário subir a um cume, mas exige que nos "humilhemos" (de humildade) perante aquela barreira que dia após dia nos colocamos a nós mesmos.
E isso faz-nos voar, dá sentido à vida e é o melhor anti-depressivo.

pedragrega disse...

A questão não é viajar ou não viajar, casar ou nao casar, trabalhar ou não trabalhar. A questão é ser útil, não deixar que a vida nos passe ao lado, não sermos "mais um" no planeta e... "deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos". E tu? És uma peça importante na vida dos que te rodeiam?

Anónimo disse...

Alguém viu uma reportagem que deu sobre os cantineiros em Moçambique, há dias no jornal da noite da RTP?
Chamava-se "Os sobreviventes do império" e retratava o desapego destas pessoas em relação ao conforto das cidades e do desenvolvimento.

As cantinas desempenharam durante a época colonial um papel decisivo no abastecimento alimentar às populações do interior de Moçambique. Depois da independência e com a guerra civil muitos cantineiros fugiram, e outros morreram. E com o crescimento dos vendedores ambulantes as velhas
cantinas ainda existentes no mato acabaram por perder espaço e fregueses. Mesmo assim, no interior
profundo do país, há ainda alguns resistentes. Raros portugueses que trocaram a cidade pelo mato e se dedicam ao comércio e à criação de gado.Chegaram a Moçambique muito novos.Sobreviveram
a quase tudo.A guerra, as cheias, os problemas do pós-independência.As famílias fugiram.
Mas estes homens, que recomeçaram as suas vidas do zero, recusam regressar definitivamente Portugal.
Vivem em pleno mato.Integrados nas culturas indígenas.E até já recorrem aos curandeiros.
São os últimos "Sobreviventes do Império".

silver disse...

Paulo eu sugiro uma viagem ah feira de março...q dizes?

Liliana disse...

Gaspar,
achas que se fossemos para o meio do mato seriamos mais felizes? Ou passado algum tempo o vazio, voltaria a tomar conta de nós? Será que lá a cantiga do António Variações (estou bem...) não faria sentido?

Liliana disse...

PS. Oh Silver, tu escreve-me português mulher!!! Senão ai é que o mundo descamba mesmo. E olha que eu já estive no fim do mundo e foi mesmo em cuecas!!!!

PV disse...

Excelente testemunho Gaspar, adorei. De facto são relatos desses que nos fazem parar. Mas eu, a propósito desta troca de pensamentos deixo um outro, que me floresce na mente, de vez em quando, principalmente nas frequentes deslocações de metro casa-trabalho-casa:

De que é que serviriam estas viagens, estes mágicos momentos, se depois não os partilhássemos. Se estivesse numa ilha deserta paradisíaca, anos, sozinho, ou tipo Lagoa Azul, de facto, talvez não tivesse muita piada. Mas ir, usufruir, voltar e partilhar com tanta gente, como tem sido esta nossa última aventura, é fantástico, um prazer redobrado e um prolongamento da experiência ainda mais inesquecível. Para mim e para a Liliana tb, que eu sei, grande parte da magia está na partilha. Sempre pensei isso desde muito novo. Cada vez mais me convenço desta minha crença, principalmente por cada vez mais, constatar que estes relatos deixam tantos olhos brilhantes e tantas pessoas irrequietas com aquilo que fazemos ou andámos a fazer.

PV disse...

Adorei este porquê:

"Antes de viajares, sonhas...
O meu sonho levar-me-à aos maiores extremos fisìcos, humanos e geogràficos que o nosso planeta tem para oferecer. Da expansiva natureza selvagem e beleza natural do norte do Canadà, dos Andes e da Patagònia aos povoados e em crescimento centros de população humana como Los Angeles e a cidade do Panamà. A motivação para esta viagem é uma refelexão da grande ambição da minha vida em explorar novos lugares, de fazer contactos enriquecedores com outros povos e culturas, e testar os limites da minha determinação fisìca e mental.

Viajar de bicicleta é a forma mais ecològica de transporte que te permite a possibilidade de viajar em silêncio e sem uma janela a separar-te do paìs em que estás a viajar; usando a minha pròpria força natural permitindo todos os sentidos fazerem parte da experiência de viagem.

(...)mas o que eu realmente planeio atravessar, são as fronteiras da mente que existem subconscientemente e que limitam as nossas capacidades percepcionadas. Essas são as fronteiras que dizem "Tu não és capaz", e que te impedem de tentares. Esta viagem é sobre a conquista da inibição e da linha indefinida entre sonho e a relidade.

Eu acredito que tudo o que queres fazer ou imaginar, tens que começar. Tens a escolha: podes viver a vida ou existi-la.

Nuno Brilhante Pedrosa
http://www.ontheroad.eu.com/

pedragrega disse...

Conhecer culturas, cruzar fronteiras, ultrapassar limites... principalmente os nossos!

silver disse...

P/ liliana (a casada): nao sejas limitada :P mete o cerebro a trabalhar e jah konsegues ler eheh

beijuuu

silver disse...

continuo a achar q tudo isto é uma questão de ponto de vista...eu não sinto essa necessidade q vocês sentem, e isso faz de mim o quê? uma pessoa não vivida que não tem sentido de existir como eu própria? não me parece...eu não me sinto frustrada e com necessidade de ir para o mato ou para perto do povo que não tem mordomias etc etc...cada um viva de acordo com a sua vontade e consciencia pá! (este português foi dedicado à liliana, a casada)

Ju disse...

lol silver, isso do mato eu já não diria que não tens necessidade! ora espreita os compromissos do outlook para amanhã! mato rulez em ovar city!!!

PV disse...

Todos diferentes, todos iguais!
A diversidade da criação e a multiplicidade dos gostos nossos é que dão côr a isto. A mim assusta-me ver que, como eu, houve 20 000 pessoas que já subiram o Kilimanjaro, só este ano, mas seria egoismo genuíno querer tanto só para mim.
Fico contente por saber que nós escolhemos África, que há amigos que escolhem a Patagónia, outros o Gerês, outros a Feira de Março e outros ainda a nossa querida praia da Barra. Ainda bem que assim é, porque senão o planeta ainda mudava de órbita, se tivessemos todos os mesmos destinos/ambições ;)
Beijinhos/Abraços a todos.

PS.- A partir da próxima semana vou tentar actualizar este belo espaço, com um post por semana, sempre à 2ª, a ver se consigo.

Hugo Pereira disse...

Heya!! Tanta gente boa nesta festa! :))

Muitas coisas a serem discutidas ao mesmo tempo, mas gostei muito de tudo o que escreveram e concordo com todos!

Penso que o que é realmente importante é fazermos da nossa vida um espectáculo!
Porque quer queiramos quer não, daqui a uns poucos anos seremos o shopping das
bactérias! :) Assim, acho que não devemos esperar para realizar tudo o que
achamos necessário para nos sentirmos mais completos.

Alguns acreditam que o importante é aceitarmos as coisas como são; outros que
devemos duvidar de tudo e por isso meditar sobre todos os assuntos; outros que
devemos ir contra tudo e fazer aquilo que quase ninguém faz.
Acho que todos estão correctos se me disserem que a sua posição faz com que
sinta que vale mesmo a pena estar vivo!

"E agora?"
- Esperar/pensar/procurar os mágicos momentos!

"Onde estão esses mágicos momentos?"
- Aqui/mmm.../Procurando!

:)

E se fizéssemos um passeio pela montanha e fossemos todos juntos, cada um a seu modo, esperar/pensar/procurar os "mágicos momentos"? :)

Abreijos,
Hugo

Anónimo disse...

Ora isto sugere FDS!!! este prox já há compromissos...mas se não formos todos católicos ao ponto de festejarmos a Páscoa, podiamos tirar uns 3 dias e viajar para mais longe...Picos da Europa?

silver disse...

FDS?? Ficha de Dados de Segurança?

AHAAHAHAH

Anónimo disse...

Meus Deus, Silver!! (Ba, eu sou catolica ;) apedsar dos planos nao estarem ainda definidos deixo esta quadra para a familia e afilhados que esperam ansiosamente pelo folar) Voltando ao inicio, Silver, estás curada! Consegues falar Português correcto, do qual tanto me orgulho e tento ecsrever o melhor que posso.

Muito obrigada pela atenção às minha limitações e resistências à mudança, no que concerne este assunto ;)

hehehe

Beijos, Li (é melhor definir quem é a Li, Lili, Litus, Liliana....)

PV disse...

Bárbara, guarda-me essa ideia dos Picos Europa. Já lá estive de fugida e aquilo é lindo e... aqui tão perto! Temos que lá ir!

Esta Páscoa, de facto está muito busy, já não dá. Para o ansiado fds, eu sugiro a Lousã, que se anda a desenhar há algum tempo, acredito que agora consigamos reunir agendas (figas). Com uma caminhada, quem sabe, ao Trevim (post de 12.02) teremos oportunidade de todos juntos, mas cada um a seu modo, esperar/pensar/procurar mais e mais "mágicos momentos".

silver disse...

Opah é assim:

Lili aka Litus aka Liliana (do Paulo)

Li aka Liliana (casada) aka Li (do Lagarto??)

soh sei assim!

eu komemoro a paskoa mas n komo folar nem amendoas, soh ovo de xokolate...

(demora mais tempo escrever portugues correcto Li e gosto assim :P)

silver disse...

PS - akabei de vir da praia com a juana...hj n fomos para o mato!!

Ju disse...

a silver tem fobia da chuva e dos velhotes que nos poem olho gordo na praia! HAHAHAHAHAHA! amigas bora pá agua, bora saltar todas juntas! vamos dizer todas, amigas forever!(lili ja contaminei o mundo!)

pedragrega disse...

Ehehehehehehhehehehehheheh

silver disse...

ui bota kontaminar nisso...atras de ti vou eu, jah kontaminei algumas vitimas weeeeeeeeeeeee

amigas 'bora saltar todas juntaaaas!

Anónimo disse...

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